quinta-feira, 29 de maio de 2014

A sociedade do “politicamente correto”.




Sempre escutei que a sociedade vem passando por transformações. Escuto tudo atentamente e começo a observar o ambiente ao meu redor, e o que vejo? Um mundo cada vez mais conectado, mais evoluído no sentindo de tecnologia e globalização, mas em compensação, será que as mentalidades humanas estão acompanhando realmente esses avanços?

Hoje enquanto estava lendo algumas notas na internet, uma matéria da revista, exame, me chamou bastante atenção. O motivo? A publicação dizia que o CONAR recebeu diversas denúncias femininas sobre o comercial da empresa “Bom Negócio”, estrelado pelo cantor baiano, “Cumpadre Washington”. A mulherada acha que o termo “ordinária”(utilizado na peça) é ofensivo e extrapola os limites do humor.

Esse caso é apenas um em um milhão. A cada dia o CONAR interfere em alguns conteúdos publicitários, porque o consumidor acha agressivo ou coisas do tipo, porém, esse acontecimento de intolerância ao humor não vem ocorrendo apenas na publicidade, e sim, em todo o contexto social.

As pessoas estão se tornando cada vez mais intolerantes e obcecadas pelo “politicamente correto”, e o mundo? Vem se tornando um universo de hipocrisia cada vez mais falso e chato. O discurso está cada vez mais embasado no que é certo, porém, não vejo essas pessoas praticando isso em suas vidas e rotinas.

O que adianta viver em um mundo careta, mas que existe a falta de respeito, educação e sentimento com o próximo? Essas pessoas que se manifestam contra esse tipo de conteúdo são as mesmas que vivem na lei do capitalismo selvagem, e que muitas vezes não está nem aí para o que não atinge o seu umbigo.

Será que essas pessoas acham que assim faremos um mundo melhor? Não! O preconceito não está nesse tipo de conteúdo, mas sim, no comportamento de um com o outro e na mentalidade de cada um, eu, como mulher, não me senti ofendida, porque ofensa pra mim é uma mulher ser agredida, tratada como inferior ao sexo masculino ou coisas do tipo.

Do que adianta se achar ofendida com o termo “ordinária”, se ordinário é ver pessoas morrendo de fome, pessoas sendo maltratadas porque não pertencem a uma determinada classe, etnia, cultura ou religião? Acorda meu povo! Porque ordinário é viver em um mundo alienado, já que a ideologia é sustentada por um discurso vazio e sem fundamento. Vamos parar de problematizar o que não deve ser problematizado. 

* Foto: Reprodução
*Vídeo: O filósofo Olavo Carvalho diz o que é politicamente correto. - Acesse: http://www.youtube.com/watch?v=pHKiDngGBq0


quinta-feira, 1 de maio de 2014

Você acredita no Poliamor?


As pessoas insistem em viver uma modernidade que me gera alguns questionamentos. Não sou careta e muito menos vivo no mundo das maravilhas de Alice, porém não sei se amar várias pessoas ao mesmo tempo já é bem visto e acima de tudo aceito por nossa sociedade.

Estava vendo um documentário sobre o poliamor, já conhecia sobre o tema, e acompanho as notícias deste assunto, mas quando vi essas pessoas falando do poliamor achei tudo muito confuso e paradoxal, e por quê? Não acho estranho ninguém amar duas pessoas ao mesmo tempo, sei que é normal e que isso pode acontecer até mesmo nas melhores famílias, mas me questionei se a pessoa que sente o poliamor aceitaria que o outro também vivesse isso?

Observo que quando se fala do poliamor é como se as pessoas amassem igualmente as duas, e sabemos que ninguém ama de maneira igual. As pessoas são diferentes, as situações são distintas e as formas de lidar com o outro jamais serão iguais às outras.

Para quem não sabe, o poliamor é amar e ser amado por várias pessoas ao mesmo tempo. Acredita-se que nesse tipo de relação, não há traições, todos os envolvidos sabem e concordam com a não exclusividade de apenas um parceiro.

Concordo quando uma das mulheres diz que quem ama pode sentir desejo sexual por outra pessoa, lógico, acho normal, e não vejo problema em alguém ter transado com outra e nem que por isso ela deixou de amar, mas o que acontece na prática é que quem transa não assume que transou porque quis e/ou se sentiu atraído, e sim porque o outro era uma “presa fácil”, o que acaba gerando a transferência da responsabilidade de sua decisão.

Percebo que nós acabamos limitando os relacionamentos, porque eles devem ser: modernos ou caretas, mas quem define isso? Em ambos os casos existem várias regras que limitam a espontaneidade do ser, existindo sempre um modelo a ser seguido.

A meu ver o relacionamento deve ser construído de acordo as leis e crenças que o casal acredita ser melhor para eles. É preciso criar suas próprias regras e se permitir viver o que você crer ser o melhor para o seu eu e relação, independente do que as pessoas vão falar e/ou pensar. É difícil? Sim! Super, mas não é impossível, se você reconhece e assume o que você quer e o que lhe faz bem.


* Foto: Reprodução


PS: Para os interessados em assistir o documentário, segue o link: http://vimeo.com/23988620