Esses dias assistindo a uma
entrevista de Washington Olivetto, um dos maiores publicitários do país, fiquei
reflexiva sobre um assunto que ele comentou. Na entrevista, Olivetto, falava que
as redes sociais compõem em um mesmo lugar a rotina da vizinhança de uma cidade
pequena, de fato é verdade, ou seja, as pessoas sempre tiveram interesse em
compartilhar as informações e ao mesmo tempo saber da vida das outras pessoas.
Tá e por que comecei meu
texto falando de Washington Olivetto? Porque essa afirmação dele cabe perfeitamente
para a vida prática. Realmente hoje tudo que se quer saber de alguém é através
de facebook, lá realmente é o livro da vida de muitas pessoas, por mais que a
pessoa não tenha interesse em expor, o facebook trabalha de uma maneira que
sempre é fácil o acesso as suas informações pessoais básicas.
É fácil saber seu estado
civil e os ambientes que costuma freqüentar e as pessoas presentes nesses
ambientes, o face só fez facilitar algo de interesse universal que é saber mais
da vida do outro de maneira prática e objetiva. Não me incomodo com esse
interesse em saber da vida do outro, porque acho isso normal, afinal quando se
gosta de algo, você tem total interesse de conhecer mais a fundo, mas daí fazer
da vida do outro a sua vida é de lascar.
Vamos combinar que falar da
vida do outro, todo mundo sempre fala, afinal o ser humano é assim, mas viver
sempre a procura e em função de saber o que o outro faz, das suas vitórias,
derrotas, amores, tristezas, felicidades e dinheiro é muito para a minha
realidade.
Se tudo fosse só saber, mas
não, as pessoas ficam sabendo, comentam e, além disso, o que é mais absurdo, é
que se acham no direito de se intrometer e ainda falar com propriedade de tudo,
ainda mais quando se trata de falar mal, não é verdade? Muita gente se delicia
com a miséria do outro e muitas vezes só se aproxima para saber de sua vida,
para se lambuzar com as suas derrotas ou porque algo não deu muito bem.
Eu não consigo tolerar o
falso julgamento, de gente que você não dá a mínima importância e que fica com
ironias só para te diminuir, e rezando para que aconteça algo em sua vida de negativo
para rir da sua miséria, mas o que me conforta é que gente desse tipo realmente
é muito pequena, porque perde um tempo e uma energia absurda com o outro, e esquece-se
de concentrar suas energias em sua vida.
Eu sei que isso irrita e
muito, porque ninguém quer ter sua vida como propriedade pública, e confesso
que não curto o argumento de que se você se expõe, você abre espaço para o
outro falar, NÃO CONCORDO, porque ninguém tem o direito e o dever de se meter
na vida do outro, afinal cada um é dono de si e como diria minha sábia mãe “puta
só, viado só”, ou seja, você nasceu sozinho e vai morrer sozinho, logo você é
responsável de seus atos, não precisa de nenhum advogado do diabo para dizer e
levar sua vida para um juiz dizendo se está certo ou errado.
Não entendo o motivo dessa
necessidade de saber e conhecer a vida do outro, mas acredito que essas pessoas
fazem isso porque não vivem as suas próprias vidas, porque enquanto isso elas
perdem tempo querendo saber absolutamente tudo, você simplesmente se permite e
vive sua vida intensamente pouco se lixando e rindo de como uma pessoa dessa é ridícula
em perder a oportunidade de se deliciar com as coisas da vida, vivendo de mágoa
e de escuridão. E como diz no popular “ você está cagando e andando para esse
tipinho”, afinal enquanto eles perdem tempo, você vive sua vida crescendo e
brilhando cada vez mais.
Na verdade, acredito que
esses bisbilhoteiros do cão, vivem nessa realidade medíocre, porque seus
objetivos e sonhos são pequenos e fáceis de serem alcançados, isto é, se essas
pessoas têm algum objetivo de vida. Só digo uma coisa caros coleguinhas que
vivem nesse perfil: “Vamos parar de palhaçada e de utilizar da rede social para
APENAS olhar a vida do outro. Vamos nos permitir e viver mais cada um a sua
vida e dentro do seu quadrado e realidade, porque desse jeito todo mundo acaba
ganhando e quem sabe o mundo não vire algo melhor.”
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