Em conversas
com algumas amigas, percebi que sempre tem aquele alguém que é inesquecível em
sua vida. E eu fico me perguntando o que leva uma pessoa ter esse título? Sinceramente?
Eu não sei. E o pior que muitas me perguntam como se eu fosse ter a resposta.
O
que observo do público feminino, [com as mulheres que convivo e converso sobre],
é que essas pessoas têm esse poder de despertar sentimentos jamais sentidos
antes. O que inclui mistura de sensações e emoções que podem ser positivas ou
negativas.
Eu
tenho uma amiga que a pessoa que ela mais gostou na vida, tinha exatamente tudo
que ela detestava em uma pessoa. E que todos criticavam seu relacionamento, o
que de longe era notório a não aceitação, por parte dela, do parceiro.
Acabado
todo esse caso, e ela ainda gostando dele, mesmo sabendo que ele está em outra,
percebi que ele é o grande Zahir da
vida dela. E o que é isso? É um título de um livro do Mago, Paulo Coelho? Também, mas o Zahir surgiu em torno do século XVIII e
em árabe quer dizer visível, presente, incapaz de passar despercebido. Algo ou
alguém que, uma vez que entramos em contato, termina em ocupar pouco a pouco
nosso pensamento, até não conseguimos nos concentrar em mais nada.
Do
meu ponto de vista, ter um Zahir é um
pouco perigoso. Já que se não for um sentimento amadurecido, ele pode se tornar
uma obsessão por não aceitar um fim. E até
mesmo desejar o mal do outro e da pessoa com que ele está.
Outra
amiga, não conformada com o fim de seu relacionamento, afirma que a atual namorada
do seu ex, o roubou dela. E no meio de todo aquele discurso, percebi que na
verdade, ela não aceita o fim do relacionamento, por simples orgulho e
capricho.
Infelizmente
não temos tudo que desejamos na vida e quando se trata de sentimento é muito
pior. Não é porque você sente algo por aquela pessoa, que ela tem a obrigação
de gostar de você também, muito pelo contrario, cada um é livre para escolher o
parceiro que bem quiser e que acha melhor para a sua vida.
Ninguém
rouba outra pessoa de ninguém, afinal como disse Paulo Coelho, em seu livro
Zahir: “O que é fidelidade? O sentimento de que possuo um corpo e uma alma
que não são minhas”. As pessoas não são objetos, não é porque ela está ou
esteve comigo, que eu tenho total propriedade dela.
O
que percebo que falta nessas relações de fim são as pessoas se colocarem uma no
papel da outra. Se fosse você que tivesse terminado, você iria parar a sua vida
em respeito ao sentimento que o outro levaria por você? Lógico que ninguém
faria isso. E outra se entrou uma terceira pessoa nessa relação, significa que
ela não estava bem a muito tempo.
Concordo
com Paulo Coelho, quando ele diz que “o ser humano tem dois grandes problemas,
o primeiro saber quando começar. Já o segundo saber quando parar. Isso porque
ele não consegue reconhecer quando um ciclo foi fechado e que precisa urgente
começar outro”.
Então
siga a sua vida, vá procurar se reencontrar, se entender e analise onde errou.
E procure o seu crescimento, porque enquanto se deseja o mal, ele volta em dobro
e você fica parado no tempo, enquanto o outro só faz crescer. Além de você
viver a espera de uma pessoa que você nem se quer, sabe se ainda quer você e se
o replay daria certo, afinal as pessoas
mudam e as situações também.