quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A vida do outro!




Esses dias assistindo a uma entrevista de Washington Olivetto, um dos maiores publicitários do país, fiquei reflexiva sobre um assunto que ele comentou. Na entrevista, Olivetto, falava que as redes sociais compõem em um mesmo lugar a rotina da vizinhança de uma cidade pequena, de fato é verdade, ou seja, as pessoas sempre tiveram interesse em compartilhar as informações e ao mesmo tempo saber da vida das outras pessoas.

Tá e por que comecei meu texto falando de Washington Olivetto? Porque essa afirmação dele cabe perfeitamente para a vida prática. Realmente hoje tudo que se quer saber de alguém é através de facebook, lá realmente é o livro da vida de muitas pessoas, por mais que a pessoa não tenha interesse em expor, o facebook trabalha de uma maneira que sempre é fácil o acesso as suas informações pessoais básicas.

É fácil saber seu estado civil e os ambientes que costuma freqüentar e as pessoas presentes nesses ambientes, o face só fez facilitar algo de interesse universal que é saber mais da vida do outro de maneira prática e objetiva. Não me incomodo com esse interesse em saber da vida do outro, porque acho isso normal, afinal quando se gosta de algo, você tem total interesse de conhecer mais a fundo, mas daí fazer da vida do outro a sua vida é de lascar.

Vamos combinar que falar da vida do outro, todo mundo sempre fala, afinal o ser humano é assim, mas viver sempre a procura e em função de saber o que o outro faz, das suas vitórias, derrotas, amores, tristezas, felicidades e dinheiro é muito para a minha realidade.

Se tudo fosse só saber, mas não, as pessoas ficam sabendo, comentam e, além disso, o que é mais absurdo, é que se acham no direito de se intrometer e ainda falar com propriedade de tudo, ainda mais quando se trata de falar mal, não é verdade? Muita gente se delicia com a miséria do outro e muitas vezes só se aproxima para saber de sua vida, para se lambuzar com as suas derrotas ou porque algo não deu muito bem.

Eu não consigo tolerar o falso julgamento, de gente que você não dá a mínima importância e que fica com ironias só para te diminuir, e rezando para que aconteça algo em sua vida de negativo para rir da sua miséria, mas o que me conforta é que gente desse tipo realmente é muito pequena, porque perde um tempo e uma energia absurda com o outro, e esquece-se de concentrar suas energias em sua vida.

Eu sei que isso irrita e muito, porque ninguém quer ter sua vida como propriedade pública, e confesso que não curto o argumento de que se você se expõe, você abre espaço para o outro falar, NÃO CONCORDO, porque ninguém tem o direito e o dever de se meter na vida do outro, afinal cada um é dono de si e como diria minha sábia mãe “puta só, viado só”, ou seja, você nasceu sozinho e vai morrer sozinho, logo você é responsável de seus atos, não precisa de nenhum advogado do diabo para dizer e levar sua vida para um juiz dizendo se está certo ou errado.

Não entendo o motivo dessa necessidade de saber e conhecer a vida do outro, mas acredito que essas pessoas fazem isso porque não vivem as suas próprias vidas, porque enquanto isso elas perdem tempo querendo saber absolutamente tudo, você simplesmente se permite e vive sua vida intensamente pouco se lixando e rindo de como uma pessoa dessa é ridícula em perder a oportunidade de se deliciar com as coisas da vida, vivendo de mágoa e de escuridão. E como diz no popular “ você está cagando e andando para esse tipinho”, afinal enquanto eles perdem tempo, você vive sua vida crescendo e brilhando cada vez mais.

Na verdade, acredito que esses bisbilhoteiros do cão, vivem nessa realidade medíocre, porque seus objetivos e sonhos são pequenos e fáceis de serem alcançados, isto é, se essas pessoas têm algum objetivo de vida. Só digo uma coisa caros coleguinhas que vivem nesse perfil: “Vamos parar de palhaçada e de utilizar da rede social para APENAS olhar a vida do outro. Vamos nos permitir e viver mais cada um a sua vida e dentro do seu quadrado e realidade, porque desse jeito todo mundo acaba ganhando e quem sabe o mundo não vire algo melhor.”


* Click: Reprodução

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