terça-feira, 19 de novembro de 2013

O meu novo caminhar!


Engraçado que estava aqui pensando que o ano passou rapidíssimo. Meu ano de 2013 foi bastante movimentado. Comecei já fazendo a prova da pós, sendo aprovada, fazendo aniversário no carnaval e me preparando para mudar de cidade logo após tudo isso.

Depois de muitos choros e pensamentos se a decisão tomada seria a certa, comecei a me adaptar a cidade e a entender que São Paulo foi o lugar que escolhi para morar. Ninguém me obrigou a vir para cá, a decisão partiu de mim e todo o processo foi apoiado por meu pai, irmãos e alguns amigos.

A pessoa que melhor entende meu estado de mudança, com toda certeza é o cantor, Caetano Veloso, ele consegue me descrever perfeitamente na música Sampa. Eu me senti super estranha aqui, afinal “É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi” e fui percebendo que "quando eu te encontrei frente a frente não vi o meu rosto. Chamei de mau gosto o que vi. É que Narciso acha feio o que não é espelho. E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho."

Hoje vejo que “foste um difícil começo. Afasta o que não conheço, e quem vem de outro sonho feliz de cidade aprende depressa a chamar-te de realidade”, porém essa minha decisão foi uma das mais sábias de minha vida. Eu não imaginava crescer tanto como ser humano. Sem esquecer que foi um divisor de águas, porque eu percebi o que era verdadeiramente doce e salgado na minha vida.

Percebo que esse ano eu cresci muito. Tornei-me uma pessoa mais emotiva, aprendi a me colocar no lugar do outro, a me recolher e curtir um pouco a minha “solidão”, tentei ser mais paciente e calma (algumas pessoas dizem que eu melhorei, outras acham que eu mereço o prêmio Nobel da paz), a ver o que deve ser priorizado, a criar muito mais responsabilidade e ver o quanto é difícil crescer e amadurecer para si e para o mundo.

O mais importante desse tempo foi perceber o quanto minha família reflete em mim, e o quanto eles são essenciais em minha vida, além de saber que eles estão sempre me apoiando e torcendo para que eu viva sempre bem. Sempre desconfiei que meu pai e minha mãe souberam me dar os limites na hora certa. E reconheço que essa minha liberdade de expressão e o saber respeitar o jeito e a escolha do outro, foi uma coisa praticada em minha casa em toda a minha educação.

Lembro que ano passado, quando escrevi o que gostaria para 2013, falei que teria como trilha sonora de vida a canção “deixa a vida me levar, vida leva eu”, e o mais engraçado é que nada em minha vida ocorreu como planejado, bastava eu planejar que o “destino” me fazia ver que eu não tinha controle e que tinha que aprender a curtir mais os momentos, sem me preocupar tanto com o “se”.

Estava relendo o que desejava para 2013 (Em 2013, um de meus desejos é que as pessoas parem de se achar no direito de se meter na minha vida. Sou gente boa, aberta a diálogos, falastrona, mas isso não dá o direito a senhor ninguém em dizer como eu devo ou não me comportar na vida on e offline. Vamos brincar de cada um tomar conta de sua vida, porque assim todos ganhamos mais. #pensamentospara2013e percebi que realmente acabei cortando os laços com pessoas que ficavam ao meu lado só por algum tipo de interesse. 

Recebi várias pedradas e críticas, mas agarrei todas elas, analisando o peso e o que deveria ser levado em consideração ou não. Sei que tem muita gente torcendo a boca pra mim, e o que dizer para essas pessoas? SÓ LAMENTO! Se Deus não agradou a todos, por que eu, uma simples mortal devo agradar?

O engraçado é que essa rejeição partiu de muita gente, porque eu aprendi a dizer “NÃO”, e a não permitir a me falar tudo que achava e a controlar a minha vida, porque quem tem esse dever sou eu, nem meu pai e meus irmãos se metem nas minhas escolhas e decisões, logo, senhor ninguém da rua deve ter essa autonomia.

E aos que tinham liberdade comigo, e não souberam utilizar ela de forma coerente, fiz um belo corte. Sinto falta? Não, nem um pouco. Percebi é que estava sentindo falta de dizer: “ME LARGA. NÃO ENCHE!”, porque aprendi na prática de que “a melodia do meu samba. Põe você no lugar”, afinal o que tinha de gente que “pensa que é a dona. E eu lhe pergunto: QUEM LHE DEU TANTO AXÉ?”, porque se foi eu, aprendi a tirar a melodia e deixar você sem som.

Estou vivendo muito bem afastada dessas situações que não me acrescentavam a nada, e por um lado só impedia o meu desenvolvimento. Eu quero apenas “gozar” como diria Caê. Sobre 2014 não tenho nada a declarar. Sei que será um ano muito melhor, afinal a minha transformação foi esperando o presente de viver uma vida muito mais tranquila, justa, sem muito mimimi e enterrando tudo que não presta.

Que venha 2014 com muito mais luz, vida e sentimentos de verdade para mim! Que a cada dia novo, seja um lindo e abençoado caminhar, sem perder a fé e o foco no que é preciso e devido!


* Fotografia: Lorena Gonzalez


Nenhum comentário:

Postar um comentário