Quando
criança somos educados para nos tornamos alguém do bem, ou seja, somos domesticados
a estudar para conseguir um bom emprego, e depois quem sabe casar e ter filhos,
o que nos leva a viver em uma eterna rotina.
Alguns
se acostumam com essa realidade, outros já querem sempre mais e mais. E eu
sempre fui um pouco diferente dessa situação, lógico que amo estudar, não só
para me tornar alguém, mas para me sentir bem e saber que meu nome é associado
a um trabalho de qualidade por ter conhecimento de minhas ações, porém sei que
chega um momento que por mais equilibrado que a pessoa possa ser, ela vai se
desestruturar e questionar “será que foi
isso que sempre quis para a minha?”.
E
é nesse momento que começamos a avaliar o que a vida nos ofereceu até então, e
dependendo da sua análise, você pode continuar vivendo dentro desse contexto ou
você acaba buscando viver novas experiências. Comigo foi assim, percebi que
tinha chegado a um momento que já tinha realizado praticamente todos os meus
objetivos, e decidi buscar algo que faltava para alimentar ainda mais a minha
existência.
O
grande problema é que nem sempre, o mundo ao nosso redor toma consciência de
nossa necessidade e desejo junto com a gente, o que é super natural, já que a
vida é particular e o que precisamos surge de acordo a cada realidade. Quando decidi
largar tudo em minha cidade para tentar algo novo, sabia que muita gente iria
pensar no seu íntimo que eu sou louca, e eu digo com a consciência pura de que
estava pouco me lixando com a opinião dos demais, eu quero é mais, eu quero é
viver e ter o prazer de experimentar o que a vida tem de melhor para me
oferecer.
Essa
experiência da qual estou vivendo, é simplesmente fantástica e única, me fez
ver quantas pessoas que estavam a minha volta, simplesmente me tinham por perto
porque viviam uma relação de interesse, e quando falo de interesse, não é só
financeiro não, mas no sentido de pessoa mesmo, o que eu poderia oferecer para
determinada pessoa, no português claro, o que ela podia “lucrar” comigo.
Isso
me incomoda? Lógico. E muito! Mas foi ótimo perceber esse outro lado da moeda,
ver o quanto eu vivia presa a situações e pessoas que não me acrescentavam em absolutamente nada. Na
verdade eu só prestava quando eu podia oferecer algo para aquele ser, mas agora
que o que eu posso oferecer nem muita gente têm interesse, simplesmente só
ficaram do meu lado quem realmente me quer muito bem.
Como
disse Paulo Coelho, em uma de duas obras: “O
inimigo não é aquele que está diante de nós, com a espada na mão. É a pessoa
que está do nosso lado, com o punhal nas costas”. E assim era a minha vida,
muita gente por perto se fazendo de amigo, mas na verdade queria era controlar
minha vida. Graças a Deus tive condições de perceber isso a tempo, e de afastar
essas pessoas de meu convívio, não só pela distância, mas porque estou mais
observadora, analisando como cada um reage a minha nova rotina e decisão de
viver.
Definitivamente
estou vivendo uma fase “NÃO ENCHE” do
Caetano Veloso, afinal o que tenho a dizer a essas pessoas é: “me larga, NÃO ENCHE. Você não entende nada,
e eu não vou te fazer entender”, porque o mais quero é “mandar meu bando
anunciar, vou me livrar de você”. Pouco me interessa saber o que acontece com
sua vida, estou preocupada demais com a minha, em alimentar o que me faz bem e
de realizar meus objetivos, e não me preocupar com o que cada um pensa de mim,
infelizmente não posso mudar as opiniões, porque cada um tem a sua, mas posso
mudar o meu jeito de viver, e de permitir que algumas pessoas palpitem em minha
vida ou não.
Digo
com muita sinceridade, que o mais quero é continuar “na boa, na minha” porque “eu
vou viver dez, eu vou viver cem, eu vou viver mil, eu vou viver SEM VOCÊ”, e
esse pronome pessoal, é para aquelas pessoas que só querem sugar a minha energia,
que alimentavam uma relação comigo por puro interesse, só que agora baby eu digo
“ME DEIXA VIVER, ME DEIXA VIVER!”.
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