segunda-feira, 13 de maio de 2013

Me larga. Não ENCHE!


Quando criança somos educados para nos tornamos alguém do bem, ou seja, somos domesticados a estudar para conseguir um bom emprego, e depois quem sabe casar e ter filhos, o que nos leva a viver em uma eterna rotina.

Alguns se acostumam com essa realidade, outros já querem sempre mais e mais. E eu sempre fui um pouco diferente dessa situação, lógico que amo estudar, não só para me tornar alguém, mas para me sentir bem e saber que meu nome é associado a um trabalho de qualidade por ter conhecimento de minhas ações, porém sei que chega um momento que por mais equilibrado que a pessoa possa ser, ela vai se desestruturar e questionar “será que foi isso que sempre quis para a minha?”.

E é nesse momento que começamos a avaliar o que a vida nos ofereceu até então, e dependendo da sua análise, você pode continuar vivendo dentro desse contexto ou você acaba buscando viver novas experiências. Comigo foi assim, percebi que tinha chegado a um momento que já tinha realizado praticamente todos os meus objetivos, e decidi buscar algo que faltava para alimentar ainda mais a minha existência.

O grande problema é que nem sempre, o mundo ao nosso redor toma consciência de nossa necessidade e desejo junto com a gente, o que é super natural, já que a vida é particular e o que precisamos surge de acordo a cada realidade. Quando decidi largar tudo em minha cidade para tentar algo novo, sabia que muita gente iria pensar no seu íntimo que eu sou louca, e eu digo com a consciência pura de que estava pouco me lixando com a opinião dos demais, eu quero é mais, eu quero é viver e ter o prazer de experimentar o que a vida tem de melhor para me oferecer.

Essa experiência da qual estou vivendo, é simplesmente fantástica e única, me fez ver quantas pessoas que estavam a minha volta, simplesmente me tinham por perto porque viviam uma relação de interesse, e quando falo de interesse, não é só financeiro não, mas no sentido de pessoa mesmo, o que eu poderia oferecer para determinada pessoa, no português claro, o que ela podia “lucrar” comigo.

Isso me incomoda? Lógico. E muito! Mas foi ótimo perceber esse outro lado da moeda, ver o quanto eu vivia presa a situações e pessoas que  não me acrescentavam em absolutamente nada. Na verdade eu só prestava quando eu podia oferecer algo para aquele ser, mas agora que o que eu posso oferecer nem muita gente têm interesse, simplesmente só ficaram do meu lado quem realmente me quer muito bem.

Como disse Paulo Coelho, em uma de duas obras: “O inimigo não é aquele que está diante de nós, com a espada na mão. É a pessoa que está do nosso lado, com o punhal nas costas”. E assim era a minha vida, muita gente por perto se fazendo de amigo, mas na verdade queria era controlar minha vida. Graças a Deus tive condições de perceber isso a tempo, e de afastar essas pessoas de meu convívio, não só pela distância, mas porque estou mais observadora, analisando como cada um reage a minha nova rotina e decisão de viver.

Definitivamente estou vivendo uma fase “NÃO ENCHE” do Caetano Veloso, afinal o que tenho a dizer a essas pessoas é: “me larga, NÃO ENCHE. Você não entende nada, e eu não vou te fazer entender”, porque o mais quero é “mandar meu bando anunciar, vou me livrar de você”. Pouco me interessa saber o que acontece com sua vida, estou preocupada demais com a minha, em alimentar o que me faz bem e de realizar meus objetivos, e não me preocupar com o que cada um pensa de mim, infelizmente não posso mudar as opiniões, porque cada um tem a sua, mas posso mudar o meu jeito de viver, e de permitir que algumas pessoas palpitem em minha vida ou não.

Digo com muita sinceridade, que o mais quero é continuar “na boa, na minha” porque “eu vou viver dez, eu vou viver cem, eu vou viver mil, eu vou viver SEM VOCÊ”, e esse pronome pessoal, é para aquelas pessoas que só querem sugar a minha energia, que alimentavam uma relação comigo por puro interesse, só que agora baby eu digo “ME DEIXA VIVER, ME DEIXA VIVER!”.


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