A
educação feminina era voltada para que a mulher só perdesse a virgindade com o
homem que fosse certo. E como é esse homem “certo”? Aquele com o perfil de
marido perfeito. Um homem bem sucedido, firme e que tenha a capacidade de
exercer o papel de patriarca.
A
mulher não tinha o direito de sentir prazer no ato sexual. O sexo era visto
como um peso, algo sujo. Jamais uma mulher podia comentar em uma roda de amigas
que sentia desejo ou fantasiava determinado homem. E assumir ter conhecimento
dos pontos fortes de seu corpo também não fazia parte da realidade.
Confesso
que não entendo porque existia essa proteção em relação à virgindade da mulher,
se com o homem tudo sempre foi tão mais aberto e livre. Os homens desde
pequenos são incentivados por seus pais, a se masturbar e ter conhecimento das
áreas poderosas de seu corpo, já com a mulher essa realidade se passa bem
distante.
O
engraçado de tudo isso é que o sexo é normal e deve ser prazeroso tanto
pro homem como para a mulher. O sexo ele tem um lado até mágico e envolve troca
de energia e química, além de hoje ser comprovado que o sexo muitas vezes faz
bem para a saúde.
Hoje
ele é considerado menos um tabu, mas ainda existe a diferença na maneira de
educar o homem e a mulher diante uma visão da relação sexual. O homem continua
muito mais livre e sem idade limite para permitir acontecer à primeira relação.
A mulher ainda é cobrada, porém de maneira diferente. Ela pode sim ter vários parceiros sexuais em sua vida, isso de fato já é mais aceito, porém ainda existe a polêmica em qual idade isso deve acontecer e quem deve representar figura de ser o seu primeiro parceiro.
A mulher ainda é cobrada, porém de maneira diferente. Ela pode sim ter vários parceiros sexuais em sua vida, isso de fato já é mais aceito, porém ainda existe a polêmica em qual idade isso deve acontecer e quem deve representar figura de ser o seu primeiro parceiro.
O
mais interessante de tudo é que o ato sexual é normal. Ele representa muito o perfil
de relacionamento do casal. A forma e freqüência de como ele acontece são
alguns dos fatores que ajudam a definir como anda essa relação e o gostar.
O
sexo não é algo sujo e tão complexo como as pessoas ainda costumam tratar de
forma maquiada. Ele só deve ser explicado como ele é de fato, os problemas (não
só de doenças, gravidez indesejada, mas também de renuncia a você e de
confusões internas e pessoais) que ele pode causar se feito de maneira irresponsável.
Para
entender melhor o que estou falando, vou descrever um texto que li no livro,
Onze Minutos, do autor Paulo Coelho que para mim, foi à melhor definição que sobre
o sexo e o que o constitui.
- Parte tirada do livro "Onze Minutos":
“Segundo
Platão, no início da criação, os homens e mulheres não eram como são hoje;
havia apenas um ser, que era baixo, com um corpo e um pescoço, mas sua cabeça
tinha duas faces, cada uma olhando para uma direção. Era como se duas criaturas
estivessem grudadas pelas costas, com dois sexos opostos, quatro pernas e
quatro braços.
Os
Deuses Gregos, porém, eram ciumentos, e viram que uma criatura que tinham
quatro braços trabalhava mais, duas faces opostas estavam sempre vigilantes e
não podia ser atacado por traição, quatro pernas não exigiam tantos esforços
para ficar de pé ou andar por longos períodos. E o que era mais perigoso: tal
criatura tinha dois sexos diferentes, não precisava de ninguém mais para
continuar se reproduzindo na terra.
Então,
disse Zeus: “Tenho um plano para fazer com que estes mortais percam suas forças”.
E,
com um raio, cortou a criatura em dois, criando o homem e a mulher. Isso aumentou
muito a população do mundo, e ao mesmo tempo desorientou e enfraqueceu os que
neles habitavam – porque agora tinha que buscar de novo sua parte perdida,
abraçá-la de novo, e nesse abraço recuperar a força amiga, a capacidade de
evitar a traição, a resistência para andar longos períodos e agüentar o
trabalho cansativo. O abraço em que dois corpos se confundem de novo em um, nós
o chamamos de sexo”.
* Foto: Reprodução
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