terça-feira, 31 de julho de 2012

Todas as formas do AMOR!


Não é segredo para ninguém que sou uma grande admiradora do trabalho que a psicanalista, Regina Navarro Lins, desempenha em seus livros, entrevistas, podcast e rede social. A obra titulada como, O Livro do Amor, é o mais novo livro da sexóloga.

Na obra, que será lançada em agosto, Regina aborda o amor como uma invenção do homem, sujeito a alterações de acordo a mudanças de costumes da sociedade. A psicanalista acredita que o amor que vivemos hoje e que acreditamos, é o amor romântico, que defende e incentiva a submissão emocional.

Segundo Regina Navarro, na geração do amor romântico, a mulher não é educada para viver de maneira satisfatória sozinha. A mulher pode ter seus planos profissionais para o futuro, mas o sonho de um dia casar e viver o “feliz para sempre” é alimentando desde criança.

Devido à preparação para o lançamento desse novo trabalho, a escritora, decidiu perguntar em seu facebook, o seguinte: “De que forma, O Livro do Amor, ao abordar a história do Ocidente, pode contribuir para que as pessoas vivam melhor?”

E a minha resposta para essa pergunta é que cada ser humano tem uma maneira de amar e de demonstrar este sentimento.  O livro vai fazer com que as pessoas confirmem que o amor vendido é uma construção e idealização social.

Acredito que precisamos amar uns aos outros, mas não tentarmos possuir uns aos outros. O amor não está ligado à posse, já que o sentimento que a pessoa leva é dela e não do outro. Ninguém é obrigado a amar a outra, pelo contrário, cada um deve amar da sua maneira, e sempre respeitando o limite do outro e sem cobrar absolutamente nada em troca, afinal se você dá todo dia esse amor é porque você quis.

Defendo a idéia de que é preciso desconstruir essa maneira doentia de dependência, e de acreditar que quem ama depende do outro e vive em função do outro, porque como disse anteriormente isso não é amor e sim obsessão.

O grande problema é que o homem vem sendo condicionado de que não existi diversas maneiras de amar, porém, acredito que estamos vivendo um período de transição e questionamentos de como o amor realmente é e como ele deve ser. Esses questionamentos e mudanças são necessárias para a humanidade evoluir e  viver o sentimento com muito mais liberdade, conforto e tranqüilidade.

Existem diversas maneiras de amar, não é preciso à dependência do outro e nem despejar as suas idealizações e expectativas em cima do outro.  As pessoas precisam entender que a felicidade não está nas mãos do seu parceiro, e que é importante para o amor ter uma relação de amizade e de liberdade sexual.

O grande problema é que as pessoas criam uma dependência emocional e depositam no outro a garantia de uma vida feliz e mais completa, o que leva a exigência, a cobrança e ao desgaste da relação, afinal em vez de viver uma vida a dois juntos, sem esquecer da vida que cada um leva separadamente, eles constroem uma vida ÚNICA e EXCLUSIVA com o outro, esquecendo de respeitar a necessidade da individualidade do casal.

Entendo que isso acontece, porque muitas pessoas tentam suprir as suas carências no outro, e é aquela velha conversa, se você não estiver bem com você, não vai ser o relacionamento e a outra pessoa que vai te completar, aliás, não suporto quem diz: “eu quero alguém que me complete”, em vez de dizer e acreditar nisso, deve-se dizer “EU QUERO ALGUÉM QUE SOME, QUE ACRESCENTE”, porque não é no outro que você vai encontrar o que falta em você.

Cada um nasceu sozinho, vai morrer sozinho e deve aprender a trabalhar suas angústias a sós, e não acreditar e alimentar que o amor será capaz de mover todos esses problemas. O feliz para sempre só acontece, quando consideramos justas todas as formas de amor e respeitamos a maneira de ser cada um e entendemos que para o relacionamento dar certo, eu não preciso ser o outro e nem ele precisa ser eu, o casal precisa juntos construir o nós, respeitando as diferenças.

Eu gosto e acredito que o amor ele é lindo, independente da forma como ele acontece, e amo a canção de Lulu Santos, Todas as formas de amor, "E a gente vive junto, a gente se dá bem. Não desejamos mal a quase ninguém. E a gente vai à luta, e conhece a dor. CONSIDERAMOS JUSTA TODA FORMA DE AMOR

O amor é isso, é amizade, sinceridade, cumplicidade, aprendizado, respeito e a felicidade de dois indivíduos que vivem uma vida conjunta e sozinha. 


Música: Toda a forma de amor.
Álbum: Lulu Santos ao vivo MTV.
Cantor: Lulu Santos.


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